quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

* Gritando por mim,,,*

* E você percebe que a vida dele, que você tanto colocou no pedestal, pode ser um pouco boba ou até mesmo triste. Em minutos você entende como ninguém o que te trouxe até aqui, tão longe dele. Me senti visitando meu próprio cemitério. Com amigos e amores mortos e enterrados. Pessoas que a gente desenterra de vez em quando pra ter certeza que fizemos a melhor escolha enterrando elas. Pessoas que a gente lamenta a distância, afinal, já foram tão importantes e...será que não dá para começar tudo de novo e tentar acertar dessa vez?Pessoas que a gente tenta se agarrar para não sentir que a vida caminha para frente. Nossos amigos vão ficando para trás, nossos amores, nossos empregos, casas...um dia seremos nós a desaparecer. Mas a lição que eu aprendi no sábado é que não vale a pena consertar um carro pela décima vez. É mais fácil comprar um novo e fim de papo. Afinal, eu bem que tentei consertar meu relacionamento com todas essas pessoas e só ganhei mais e mais poses e menos e menos verdades. Ainda que doa deixar pessoas morrerem, se agarrar a elas é viver mal assombrado.

Mas ele me ensinou que a vida pode ser simples, e tão boa.

E logo
me tirou da minha vida incompleta... E me transformou numa completa idiota.


Que graça foi ver nessa criatura, estranha filha da puta?



Assim, depois de levantar duzentas vezes e ir para o canto do ringue, cuspir sangue e ouvir a torcida dentro do meu coração gritar pedindo mais, eu fui a nocaute...


Foi quando percebi que algumas coisas não servem mais. Você sabe! Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perda de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça. *



[Tati B.]